Em 25 de junho de 1946, foi editado o Decreto-lei 9.403, que atribuiu à Confederação Nacional da Indústria (CNI) a criação do Serviço Social da Indústria (Sesi). Esse decreto foi resultado da convicção de diversos empresários, entre eles Roberto Simonsen, de São Paulo, e Euvaldo Lodi, do Rio de Janeiro, de que o crescimento do país exigia tranquilidade social e solidariedade entre empregados e patrões. 

O Serviço Social da Indústria (Sesi) apoia as empresas industriais em suas iniciativas voltadas para a promoção da qualidade de vida dos trabalhadores e seus dependentes, com foco em educação, cultura, esporte e lazer, saúde e segurança no trabalho, além de incentivar a gestão socialmente responsável. 

O Sesi possui forte presença nas áreas de saúde e segurança no trabalho, oferecendo programas de apoio às empresas para a adequação às Normas Regulamentadoras, bem como ações educativas para a prevenção de doenças e acidentes e promoção da saúde do trabalhador.

A Rede Sesi Educação oferece escolarização para trabalhadores das indústrias, além de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio para filhos de industriários e famílias da comunidade onde a indústria está inserida.  

Os produtos e serviços nas áreas de cultura, esporte e lazer do Sesi criam mecanismos inovadores para aumentar a produtividade e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. 

O Sesi também presta orientação em ações e projetos de responsabilidade social corporativa, valorizando o relacionamento ético entre empresas, trabalhadores e a comunidade.  

O Sesi Paraná colabora efetivamente para que a indústria alcance competitividade e cumpra seu papel social de crescer de forma consciente e sustentável. A entidade conta com uma infraestrutura completa de atendimento em todo o Paraná. 

Desde 1967, o Sesi Paraná promoveu o "Concurso Rainha das Sociedades Operárias de Curitiba," que, em 1972, foi renomeado para "Concurso Rainha da Indústria." Este evento tradicional, parte das festividades do "Dia da Indústria," celebrava a contribuição das mulheres trabalhadoras para o progresso do Estado. 

Organizado pela Fiep e pelo Sesi, o concurso inicialmente contou com o apoio do jornal Tribuna do Paraná e, posteriormente, do jornal O Estado do Paraná. Empregados e empregadores participavam de um baile de confraternização onde a vencedora recebia medalhas e troféus, incluindo um troféu transitório que se tornava definitivo após três vitórias consecutivas do mesmo clube.  

Ao longo dos anos, o concurso passou por várias renomeações e adaptações, começando como "Rainha do Carnaval das Sociedades Operárias" e evoluindo para "Rainha das Sociedades Operárias Beneficentes de Curitiba" em 1967, e finalmente "Rainha da Indústria" em 1972. Em 1979, o evento foi cancelado e substituído em 1981 pela "Mostra de Artes da Família Industriária do Paraná," que durou até 1984.  

Acesse aqui a lista de denominações deste evento ao longo dos anos e algumas rainhas premiadas.

A primeira Ação Global, organizada pelo Sesi, Rede Globo e parceiros, ocorreu em Minas Gerais em 1991. Em 1996, o evento ganhou dimensão nacional, oferecendo diversos serviços em um único dia e local, transformando a vida de milhões de pessoas.

No Paraná, a primeira edição aconteceu em 1996, com apoio do Sesi, Rede Globo e Rede Paranaense de Televisão. A Ação Global é um mutirão de serviços de cidadania, saúde, educação e lazer, acompanhado por música ao vivo. Desde 1995, a iniciativa beneficiou mais de 12,4 milhões de pessoas e realizou 26 milhões de atendimentos, servindo como um termômetro das necessidades da população brasileira. Em 2008, o tema foi "Um Brasil de Cidadania".

No Paraná, já foram realizadas 14 edições da Ação Global, atendendo muitas pessoas que nunca tiveram certidão de nascimento, identidade, CPF ou título de eleitor, e possibilitando casamentos. O evento também oferece consultas médicas e odontológicas gratuitas, com continuidade de cuidados para casos específicos, como o acompanhamento de um grupo de 50 mulheres após exames ginecológicos na última edição.

A Ação Global, devido à sua abrangência e impacto, inspira outras empresas a criarem programas de responsabilidade social e contribui para a formulação de políticas públicas.

A Campanha Operário Padrão teve início em 1955, lançada pelo jornal O Globo em um artigo de 7 de outubro. Em 1956, o Sesi e O Globo firmaram um acordo para realizar a campanha em âmbito nacional, selecionando representantes de diversos estados que se reuniam no Rio de Janeiro. 

• 1955: Lançamento da Campanha do Operário Padrão 
• 1956: 1ª Campanha do Operário Padrão 
• 1957 a 1963: Concurso suspenso pelo Departamento Nacional 
• 1964 a 1986: Campanha do Operário Padrão 
• 1987 a 1995: Operário Padrão

Denominações no Paraná 

• 1956: Operário Padrão 
• 1957 a 1963: Concurso suspenso pelo Departamento Nacional 
• 1964 a 1973: Concurso Trabalhador Padrão do Paraná 
• 1974 a 1988: Campanha Operário Padrão do Paraná 
• 1989 a 1995: Campanha Operário Paraná 

Prêmio Sesi de Qualidade no Trabalho 

Por muitos anos, o Sesi premiou trabalhadores cuja história refletia a importância dos industriários. A partir de 1996, a premiação passou a contemplar empresas que valorizam as relações de trabalho, destacando o interesse comum entre os membros da organização. O Prêmio Sesi de Qualidade no Trabalho representa uma nova interpretação das relações dentro das empresas.

A revista Sesinho, uma iniciativa do Sesi, é uma ferramenta educacional essencial que combina diversão e aprendizado para crianças de 4 a 14 anos. Criado em 1947, Sesinho é mais do que um personagem de história em quadrinhos e desenho animado; ele se tornou um ícone pedagógico dentro e fora das escolas.

A revista mensal é distribuída para mais de 1 milhão de alunos nas unidades do Sesi e para outros 12 mil endereços, incluindo empresas, ONGs e universidades no Brasil. Após a leitura, as crianças levam a revista para casa, compartilhando as experiências com suas famílias. Os gibis também estão disponíveis para download gratuito na internet. 

O desenho animado "Sesinho: É Tempo de Aprender" complementa a experiência educacional, sendo distribuído em DVD e transmitido pelo Canal Futura. As histórias do Sesinho exploram temas geográficos, culturais e éticos, ensinando valores fundamentais por meio de situações exemplares.

A revista não apenas incentiva o hábito da leitura e a imaginação das crianças, mas também facilita o aprendizado das disciplinas escolares de maneira dinâmica e cativante. Sesinho recebe mais de 500 cartas por mês de crianças e adultos que compartilham como suas perspectivas sobre a vida foram influenciadas positivamente pelas histórias. 

Esta publicação pioneira continua a ser uma ponte eficaz entre educadores, alunos e suas famílias, promovendo valores importantes de forma acessível e engajadora.  

Na década de 1950, o Sesi Paraná expandia rapidamente suas atividades, necessitando de uma sede própria em Curitiba. Heitor Stockler de França, adquiriu um terreno de 900 m² no centro da cidade, na rua Lourenço Pinto, mas não conseguiu iniciar a construção. Seu sucessor, Lydio Paulo Bettega, vendeu esse imóvel e comprou um terreno maior, de 9 mil m², na rua Cândido de Abreu.

Embora criticado por ser distante do centro, o novo terreno permitia a expansão necessária dos serviços do Sesi.

Em 1962, Bettega já tinha um projeto definido para o "Palácio das Indústrias," que abrigaria a Federação das Indústrias, o Departamento Regional do Sesi e os Conselhos Regionais do Sesi e do Senai. A área, histórica por abrigar fábricas e indústrias, estava próxima ao Centro Cívico Estadual, um complexo modernista planejado na década de 1940.

O edifício foi projetado pelo renomado arquiteto Rubens Meister e construído pela Gutierrez, Paula & Munhoz. Financiado com apoio da Confederação Nacional das Indústrias e empresários locais, o prédio permitiu ao Sesi acompanhar o desenvolvimento econômico e social do Paraná, oferecendo variados serviços à crescente população trabalhadora.

Inaugurado em 27 de novembro de 1967, o evento contou com a presença de importantes figuras da indústria nacional, coincidindo com um novo processo de planejamento urbano e industrial de Curitiba.

O Ginásio do Trabalhador foi inaugurado no dia 1 de outubro de 1974, pelo ex-presidente da Federação das Indústrias e ex-diretor Regional do Sesi - Paraná, Mário De Mari.

O Ginásio oferecia múltiplas possibilidades de uso como a prática de vôlei, basquete, futebol de salão e outros esportes, além de realização de conferências, apresentação de orquestras, corais, espetáculos teatrais e cinematográficos, motivo pelo qual também ficou conhecido e chamado pelos curitibanos de Teatro do Sesi.

No dia 3 de junho de 1991, numa segunda-feira, o Grupo Giovanni Produções ensaiava "Bambi”, uma peça teatral infantil, quando por volta das 22 horas, houve uma explosão de uma das lâmpadas de alta potência, spot-light, cujas fagulhas atingiram as cortinas, o cenário e as poltronas, que eram materiais de fácil combustão, dando início ao incêndio que destruiu, completamente, o Ginásio do Trabalhador (Teatro do Sesi), que ficou com as estruturas abaladas, sendo necessária a sua demolição.