Os números impressionam. De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS), o Brasil registra, em média, 700 mil acidentes de trabalho por ano. Embora com uma leve tendência de queda de 3%, muitas empresas ainda apresentam um ambiente bastante preocupante que resultou, em 2014, em mais de 251 mil afastamentos com mais de 15 dias e também em óbitos de 2.783 trabalhadores.
Dos cerca de 700 mil acidentes de trabalho, 68% das vítimas são homens, em sua maioria jovens com menos de 30 anos, sendo os traumatismos responsáveis por 70% desses afastamentos. No caso das mulheres, 78% delas são afastadas devido a transtornos mentais, doenças do sistema nervoso ou doenças osteomusculares e do tecido conjuntivo.
É por isso que para promover a segurança e saúde do trabalhador, o que evita os afastamentos que resultam em falta de produtividade e ônus financeiro, é imprescindível que as empresas conheçam a fundo suas realidades e de seus colaboradores, para poder agir de maneira assertiva. Dependendo de cada caso e área de atuação, é possível implementar programas de prevenção às doenças mais recorrentes e de adequação das normas de segurança.
?É prioridade investir na prevenção, pois é o método mais eficaz e barato?, afirma José Antonio Fares, superintendente do Sesi no Paraná, instituição reconhecida pelos serviços de segurança e saúde para a indústria. ?A prevenção impacta diretamente na produtividade dos trabalhadores, que mais seguros e saudáveis, se sentem mais dispostos para as atividades do cotidiano dentro e fora do ambiente de trabalho?, completa.
Entre os exemplos das soluções disponíveis no mercado estão as consultorias em ergonomia, que adequam os equipamentos de forma que não prejudiquem quem o opera; os laudos técnicos, que identificam o cumprimento da legislação; avaliações de higiene ocupacional, que avaliam agentes químicos, físicos e biológicos nocivos à saúde dos trabalhadores; programas de controle médico de saúde ocupacional, que detecta possíveis danos à saúde do trabalhador causados pelos riscos existentes; além de exames e consultas que checam o estado de saúde dos trabalhadores.