A produtividade nas indústrias brasileiras registrou um desempenho pouco satisfatório em pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, dos 11 países pesquisados, o Brasil ficou em último na escala de crescimento da produtividade. Entre 2002 e 2012, avançamos 0,6%, enquanto a Coréia do Sul aparece em primeiro, com 6,7% de crescimento médio anual. São diversos os fatores que impactam na eficiência das indústrias, como a tecnologia empregada, a escala de produção e as condições de segurança e saúde dos trabalhadores, que tem ganhado a atenção dos empresários pelos resultados que têm apresentado no retorno que promove às indústrias.
Empresas que apostam em soluções de segurança e saúde do trabalhador alcançam um ganho mútuo. O funcionário se sente mais disposto e saudável, com menor possibilidade de se ausentar do posto de trabalho. Já os empresários, mantêm alta a linha de produção e evitam multas que precisariam pagar pelos afastamentos dos seus profissionais, seja ou por questões médicas, como gripes e doenças do sistema nervoso, ou descuidos na segurança do ambiente (traumas).
Consultorias em saúde e segurança no trabalho (SST) ajudam empresas a aumentar a produtividade e reduzir custos decorrentes da ausência de seus trabalhadores. Entre os serviços ofertados pelo mercado, estão cursos e treinamentos com gestores e colaboradores, avaliação do ambiente físico da empresa com identificação de situações de risco e elaboração de plano de ações com medidas para eliminar ou reduzir riscos de acidentes. Em 2015, o Sesi, empresa reconhecida pelas consultorias em segurança e saúde da indústria, atendeu mais de um milhão de trabalhadores em serviços de saúde e segurança, o que mostra interesse de boa parte dos empresários.
Essa procura por soluções já é realidade de muitas empresas. Pesquisa inédita realizada entre 2015 e 2016 pelo Sesi com 500 médias e grandes empresas de todo o país comprova isso. Para 43,6% delas, esses programas aumentam a produtividade no chão-de-fábrica e 34,8% apontam que essas ações reduzem custos. "Olhar para a prevenção do quadro de funcionários é mais inteligente, pois a competitividade das indústrias aumenta e as multas diminuem", ressalta José Antonio Fares, superintendente do Sesi no Paraná.