Internet das coisas, big data e um mundo seguro

18/06/2019
Internet das coisas, big data e um mundo seguro

O diretor de Negócios para América do Sul da empresa holandesa TNO Defesa & Segurança, Wim de Klerk, avalia que tecnologias que nortearão a Indústria 4.0, como a internet das coisas e o big data, colaborarão de forma decisiva para tornar o mundo mais seguro. O quanto a defesa ganhará com a inovação ainda é uma incógnita, mas o holandês é categórico quanto aos avanços que o setor de defesa tende a obter.

"Acreditamos que com internet das coisas e o big data faremos mais, tornando o mundo mais seguro. A informação em tempo real estará no centro das operações", afirmou Klerk durante o 8º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Sebrae.

"É possível até que possamos fazer a previsão de crimes se estivermos na posição de podermos prever para nos proteger", completou o holandês, referindo-se a um futuro não muito distante em que a interação em tempo real poderá permitir inclusive a substituição de policiais por robôs capazes de operar na área da segurança.

Também palestrante do painel sobre defesa, Lisa Åbom, vice-presidente de Tecnologia da empresa aeroespacial Saab (Suécia), detalhou a parceria da companhia sueca com o Brasil na produção do caça Gripen, desenvolvido para uso da Força Aérea Brasileira (FAB). A inovação está na raiz da produção da aeronave, projetada para operar até a década de 2060.

"A nossa aeronave é projetada para voar até 2060. Mas vai haver mudanças tecnológicas com muita rapidez. Por isso, precisamos de um sistema que possa ser atualizado com frequência para fazermos qualquer tipo de upgrade. Nosso principal desafio hoje é conseguir nos abrir, ver o mundo de fora, e deixar que essas inovações venham a partir do contato com a academia e com startups", detalhou a executiva sueca.

Lisa acrescentou que inovações como a inteligência artificial e o big data transformarão o setor e propiciarão mais segurança. Ela detalhou que todo o processo de produção do Gripen é feito primeiramente em computadores, o que minimiza erros. "Qualquer erro é resolvido antes do fim do projeto. Antes dos voos, simulamos e detectamos cada ponto a ser aprimorado. Assim, todos os erros e enganos são sanados antes de sequer fabricarmos as peças. Isso é Indústria 4.0 e digitalização", disse.

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